Documento produzido pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa[1] e entregue ao Conselho de Direitos Humanos da ONU acusa a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) e supostas seguidoras – entre as quais inclui a Renascer em Cristo – de ‘discurso xenófobo, racista e de exploração da população carente’; e mais, alega que, no Rio de Janeiro, tal discurso desdobra-se em conluio entre igrejas neo-pentecostais, narcotraficantes e milicianos visando o cerceamento de manifestações de religiosidade afro-brasileira.
A comemoração da Seleção pelo título da Copa das Confederações e o comportamento dos jogadores brasileiros após a vitória sobre os Estados Unidos causam polêmica na Europa. A queixa é de que o time do Brasil estaria usando o futebol como palco para a religião. A Fifa até mandou um alerta à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pedindo moderação na atitude dos jogadores mais religiosos, mas indicou que, por enquanto, não haveria punições, já que a manifestação ocorreu após o apito final do jogo.Após a vitória sobre os Estados Unidos, no último domingo, em Johannesburgo, na África do Sul, os jogadores da Seleção Brasileira fizeram uma roda no centro do campo e rezaram. Além disso, muitos deles vestiram camisetas com mensagens religiosas. A Associação Dinamarquesa de Futebol é uma das que não estão satisfeitas com a situação e quer uma posição mais firme da Fifa Pede punições para evitar que isso volte a ocorrer.
Com centenas de jogadores africanos, vários países europeus temem que a falta de uma punição por parte da Fifa abra caminho para extremismos religiosos e que o comportamento dos brasileiros seja repetido por muçulmanos que estão em vários clubes europeus hoje.Tanto a Fifa quanto os europeus concordam que não querem que o futebol se transforme em um palco para disputas religiosas, um tema sensível em várias partes do mundo. Mas, por enquanto, a entidade não ousa punir a Seleção Brasileira. "A religião não tem lugar no futebol", afirmou Jim Stjerne Hansen, diretor da Associação Dinamarquesa, em entrevista ao jornal local Politiken. Para ele, a oração promovida pelos brasileiros em campo foi 'exagerada'. "Misturar religião e esporte daquela maneira foi quase criar um evento religioso em si. Da mesma forma que não podemos deixar a política entrar no futebol, a religião também precisa ficar fora."As regras da Fifa impedem mensagens políticas ou religiosas em campo. A entidade prevê punições em casos de descumprimento.
Por enquanto, nenhuma decisão foi tomada sobre a reclamação dos dinamarqueses, lembrando que a manifestação religiosa dos brasileiros apenas ocorreu após a partida.Mas essa não é a primeira vez que o tema causa polêmica. Ao fim da Copa do Mundo de 2002, no Japão, a comemoração do pentacampeonato brasileiro foi repleta de mensagens religiosas. A Fifa mostrou seu desagrado na época. Disse, porém, que não teria como impedir a equipe que acabara de se sagrar campeã do mundo de comemorar à sua maneira.De qualquer maneira, a Fifa revelou ontem que está 'monitorando' a situação. E confirmou que "alertou a CBF sobre os procedimentos relevantes sobre o assunto".

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